EGITO ANTIGO
A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.c (domínio romano).
Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipc5w20J9NV5DZZkhYmrrxx6K2plE4sYq3sKcYGkf4BnljE-4W-mNI_KumAAyxg1VUUvoegHmVpQE0ntg2DM7yNTgcjTLaPdc7fs4kDsR_zcChiYHxgOM3ZHu017ep8vnV3X9jX6vUDfSU/s320/Image16%5B1%5D.gif)
A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras.Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-JgPY8EvCdm7VmzOps2aKwEGX3is6bksh4F1_OYNMvlcJBW2tHxAmAkLMbAVMJRgP1xIKsrBkpNBpX4fw6gWxTB_fJLr8bn08v_P21SG6AgsG1no7swsDaiPoA5frP04HJvmCPgA5jRS9/s320/escrita-hieroglifica%5B1%5D.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9tMw4yX1MQKJL_T1MS1frJCf09RPoezxczvbPVmW7nT3nYZTwwuAkkmlI-XGcl63LMf2QfgNambuCb08r2rtswp4-8VexGEd8omWWWO01GxoMSpcI7KBPhVmfqJwInFr6v_PrG-oGi4ZK/s320/AGRICULTURA%5B1%5D.jpg)
A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl82SprkWzHqDDMo476D8SGjYVFEH8HIIJJkvKjlb3tf6i2PLVO3c9_oemD9ALhfmW-tGgpP1si8R0MH4X3UBsPAbIe5PUf5uDx47AxUdbYjfI-9oBV2fozM2DMYkiAbk1M-z0lyCfhK2Z/s320/31125_31126_image002%5B1%5D.jpg)
A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida. Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.
Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que apresentavam : chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade de voar), escaravelho (ligado a ressurreição).
A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmNbZkNeySRRshu-zgSzagjuoMoSH7kmT9_vpqGMoMaokkS8Ahn-8P_KeqcRTDuponyWuiSbuKcGwFZ9WK0yggew0CQSJERhBXyOTFU57n_3dqXm37h25YknlnVYOX83YgOuyuPpMXWtm1/s320/piramides-egito%5B1%5D.jpg)
No campo da arquitetura podemos destacar a construção de templos, palácios e pirâmides. Estas construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós. Grande parte delas eram erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra escrava. As pirâmides e a esfinge de Gizé são as construções mais conhecidas do Egito Antigo.
Mesopotâmia
Evolução econômica, política e militar
Na Mesopotâmia, região ocupada por uma das chamadas Civilizações Hidráulicas, as cheias dos rios Tigre e Eufrates ocorriam entre os meses de abril e maio, quando as geleiras das montanhas da Armênia derretiam e chegava a temporada das chuvas.
As técnicas para controlar tais cheias se desenvolveram ao mesmo tempo em que a civilização chegou aos povos mesopotâmicos. O trabalho árduo, de todos os membros das aldeias, possibilitou a construção de obras hidráulicas, como muros de contenção, diques, canais de irrigação e poços de armazenamento de água para o período da seca.
E exatamente por que esses trabalhos exigiam grande quantidade de pessoas em atividade constante (limpando, reformando, ampliando) e um bom planejamento, surgiram, por volta de 3.700 a.C, Estados centralizadores, que coordenavam tais tarefas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLUz70qOquQqE1ddKu26KXJa9rmeFOLR6smrjvbg6Rzi-gYlBO0Gah3Tm470-vcBTxODW3HNNzYjjgda4dShGWIQ6WxL4_mjD0P1i-5BrSTZkpl7S4hd3a-5QLJjZXOcWWGvuyeJLrbR4F/s200/hamurabi2.jpg)
Estados teocráticos
Especialistas na história da Mesopotâmia acreditam que os primeiros líderes políticos dessas cidades eram escolhidos por uma assembléia de cidadãos, já que a população que as habitava era pequena e cada família oferecia todos os seus membros aptos para as exaustivas tarefas nas obras de irrigação.
A elite privilegiada era formada por sacerdotes que, a fim de aplacar a fúria dos deuses e impedir novos e graves alagamentos, arrebanhavam mão-de-obra para a construção de templos que serviam para o culto religioso e, também, como celeiro para o excedente de produção a ser oferecido ao panteão de divindades. Na prática, contudo, os grãos sustentavam os sacerdotes, representantes dos deuses na terra. Aos poucos, os reis foram sendo associados a essa elite religiosa, surgindo os Estados teocráticos.
Economia e surgimento da escrita![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQWzinWl80NbtAzhJdB8HM941yWiiwUmwRTWhHCH4vWTjG5_5OhxQUxjdH1WgS7FPnDeCU4oS6viZetYYA-8RwUocNecVoHV4psSJh-X_c7KAQ3XeLl3GEVQpp8XJFdTll1mtDft0TKxFP/s320/cuneiform.jpg)
A agricultura floresceu às margens do Tigre e do Eufrates. A base da alimentação era composta por cereais, principalmente a cevada e, em segundo plano, o trigo. O linho e o algodão também eram plantados. Com as obras hidráulicas, o excedente agrícola possibilitava o sustento dos reis, de suas famílias e de um número cada vez maior de funcionários públicos.
O comércio, à base de troca, também prosperou, pois a Mesopotâmia era (e ainda é) muito pobre em metais, pedras preciosas ou semipreciosas e madeira. Quanto mais a produção agrícola aumentava, mais os reis tinham condições de ir buscar em terras distantes produtos para ampliar a produtividade e ostentar seu poder.
Além da agricultura, povos nômades viviam da criação do gado miúdo (cabras, ovelhas, porcos), o que complementava a alimentação e o comércio das cidades. Daí, também, ser necessária a contabilidade da receita que se ampliava. A escrita se desenvolveu, portanto, para controlar a produtividade. As primeiras plaquetas de argila que contêm a escrita cuneiforme demonstram claramente essa importância. E tais plaquetas estão entre as mais antigas formas de escrita do homem.
Invasões e guerras
Porém, todo esse desenvolvimento trouxe sérios problemas para essas primeiras cidades: a rivalidade pelas terras mais férteis e a cobiça dos povos vizinhos. Ao contrário de outra civilização que se desenvolvia ao mesmo tempo, o Egito, as condições geográficas da Mesopotâmia não ofereciam proteção natural, o que ocasionou várias ondas de ataques, principalmente de povos vindos do leste.
Os mesopotâmicos tiveram que se armar. As lutas eram constantes, tanto entre as cidades, quanto contra os saqueadores e conquistadores externos. Os líderes políticos transformaram-se em líderes militares e, pela primeira vez na história, um exército regular passou a ser mantido pelo Estado.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9Jgyq1n3bZtQLw4c4EwR3x4rHFaJwBn5vfQ3XhOyPLzcmziUYzS_XhwoLrkyyUMYSJj6sYdfsjHhTFRlVccnEI6bCYuVVD0t0cKpnI2_BCbOjqGhYnDT28_z3PlxW2kkZl8iE4Z5lGUa0/s200/assirios.jpg)
Os assírios
Dentre os povos que governaram o vale dos rios Tigre e Eufrates, em se tratando da arte militar, os assírios se destacam. Povo rude, acostumado aos rigores do clima desértico, aprenderam rapidamente a usar o cavalo como arma de guerra, tornando-se temidos.
O carro de guerra possibilitava dupla vantagem: a força animal, de ataque e locomoção, e a carroça (aperfeiçoada sobre duas rodas), que podia levar o condutor do animal e mais um arqueiro. Ao usarem seus carros de guerra (bigas) para conquistar a Mesopotâmia, não encontraram muita dificuldade, já que as infantarias das cidades quase nada podiam fazer para deter a força conjunta do cavalo e do arqueiro. Dessa forma, os assírios conseguiram dominar a Mesopotâmia e estender suas fronteiras para muito além do vale de seus rios.
Mesmo assim, apesar de suas proezas tecnológicas, culturais e militares, marcos na evolução do homem, os povos da Mesopotâmia foram vencidos e conquistados pelos persas.
Fonte bibliográfica
Uma história da guerra, de John Keegan, Editora Cia. das Letras, São Paulo, 1993, p. 175.